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Oficina "Ser pai na adolescência"


A oficina “Ser pai na adolescência” teve este tema através de escolha dos próprios adolescentes, que a justificaram devido a todos serem jovens e alguns no centro socioeducativo passarem por isso. Foram utilizadas algumas ferramentas para auxiliar na discussão, de modo que num primeiro momento foram entregues bonequinhos de papel com hidrocores, para que cada um desenhasse seu filho da maneira que quisesse. Eles deveriam cuidar do seu filho(a) como se fosse de verdade até o fim da atividade, não deixar cair nem amassar. Questões como “como seria ser pai”, “há idade ideal para ser pai” e o que isso tudo significaria ou mudaria na vida de cada um foram dialogadas. Muitos apontaram o acontecimento como sinônimo de ganhar mais responsabilidade, que ter um filho os ajudaria a escutar mais, que seria um incentivo para sair dali.

Após assistirmos a um vídeo sobre o tema, discutimos sobre os pontos negativos e positivos trazidos no material. Um dos adolescentes falou que ouviu que um dos integrantes do video deixou de sair com os amigos, mas também que ser pai é alegria, ser feliz. Outro que cada um cuidava do seu jeito. Trouxeram que alguns dos aspectos negativos eram deixar de sair com amigos, e ressaltaram o aspecto financeiro, já que era difícil ter que cuidar quando não se está empregado.

Num segundo momento foi realizada uma dinâmica com uma boneca, na qual ela era passada na roda e era colocada uma situação com a criança para que o adolescente indicasse o que faria naquela situação. Cada situação-problema convidava os adolescentes a refletir seriamente sobre o tema, entre elas “mãe em trabalho de parto”, “a criança chorando”, “criança com dificuldades na escola”, “criança brigou na escolha” e “não ter dinheiro para comprar comida pra criança”, que suscitou uma discussão sobre a opção roubar, com a conclusão do grupo que o ideal seria o pai procurar um trabalho. A situação “filho/filha com 15 anos e a namorada que quer morar junto” gerou um debate sobre a questão de gênero, já que alguns adolescentes colocaram que falariam com a família da namorada sendo um filho, enquanto que na situação sendo uma filha, um dos meninos falou que diria para ela “não ficar no meio do mundo, para estudar para ser alguém”. Levantamos o questionamento sobre o porquê de apenas a menina ter que estudar. Todos discutiram que seria porque “menina precisa de mais cuidado”, mas no fim concluímos que o menino teria que estudar também. A atividade aproximou os adolescentes dessa temática, problematizando o que é ser pai na adolescência.


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